sexta-feira, 28 de agosto de 2015

VIZINHA DIABÓLICA

Mundo Sombrio traz nesse post um caso que chocou os Estados Unidos e o mundo pela sua crueldade.

Se você já viu de tudo nesse mundo atual, nem imagina o que aconteceu em 1965 nos Estados Unidos. Leia e tire suas conclusões.

Para compreender melhor a linha desse crime vamos apresentar a personagem principal: Gertrude Baniszewski.

Ela nasceu em 1929, numa família de classe média baixa. Aos 16 anos largou os estudos para se casar com um policial John Baniszewski, conhecido pela sua má conduta na corporação. De início os dois tiveram quatro filhos e 10 anos depois se divorciaram devido brigas e desentendimentos constantes. Conheceu Edward Guthrie porém se recusou a casar com Gertrude por não assumir os filhos dela, fugindo da responsabilidade.

Dois anos depois se reconcilia com John Baniszewski e tiveram mais dois filhos porém a reconciliação termina em um novo divórcio em 1963. 

Não demorou muito para que Gertrude se casasse novamente dessa vez com Dennis Lee Wright com quem ela teve mais um filho e seu casamento ir por água abaixo quando Dennis a abandonou.

Outro fato interessante para montar a personalidade de Gertrude: Ela engravidou 13 vezes sendo que 6 tentativas culminaram em aborto espontâneo. Sofria de bronquite, tensão nervosa, fumava e usava drogas.

Para sobreviver e cuidar dos filhos, trabalhava como babá e passava roupa para fora.

Segundo depoimentos e informações que constam no processo, a casa onde ela e seus filhos moravam era grande porém encontrava-se em estado deplorável, pois Gertrude não gostava de cozinhar e muito menos limpar a casa, deixando isso nas mãos dos filhos mais velhos.

Como não gostava de cozinhar, para esquentar os alimentos, havia uma chapa de ferro que quando aquecida dava para se virar quando tinha comida em casa, quando não tinha, todos se comiam alimentos que não precisavam ser aquecidos ou preparados normalmente no fogão. Não havia louças, panelas. Somente dois pratos e três garfos que eram divididos pelos membros da família.

Tudo estava indo a mil maravilhas quando sua filha mais velha leva para sua casa uma linda adolescente chamada Sylvia Likens que na época tinha 16 anos e nova moradora do bairro. 

Gertrude não deu muita importância no começo por se tratar apenas de uma vizinha e colega de sua filha. Até quando algo inesperado aconteceu.

Como os pais de Sylvia eram artistas de circo, eles viviam mudando de cidade constantemente e uma dessas mudanças o casal teve uma infeliz idéia: deixar suas filhas com Gertrude pagando semanalmente 20 dólares para que Gertrude tomasse conta delas enquanto seus pais estivessem fora. Eles também pediram para que Gertrude cuidassem da irmã de Sylvia, Jenny que era portadora de deficiência física, pois foi vítima da poliomielite.

A partir daí, Gertrude começou a colocar a manga de fora e mostrar seu lado diabólico, transformando a vida de Sylvia num verdadeiro inferno.

Os pais das meninas não enviaram o dinheiro conforme o combinado e Gertrude passou a torturar as meninas, principalmente Sylvia. Ela obrigou que as meninas abaixassem as calças e deitassem na cama e agrediu as duas com remo de barco.

No início os pais das meninas visitaram Gertrude, mas foram impedidas de relatar as torturas por medo.

Certo dia Sylvia deixou escapar que Paula estava grávida e Gertrude a agradiu violentamente com a participação de Paula.

Se você pensa que a crueldade parou por aqui, não imagina o que aconteceu depois disso. 

Gertrude espalhou para a vizinhança que Sylvia era prostituta e convidou os rapazes para visitá-la constantemente. Resultado: foi agredida por todos os rapazes e teve uma garrafa de vidro introduzida em sua vagina.

A crueldade de Gertrude passou dos limites quando Sylvia passou a permanecer trancada no porão da casa, proibindo-a de sair de casa e também o motivo dela ficar presa no porão foi que a adolescente começou a sofrer de incontinência urinária.

Se você pensa que o sofrimento de Sylvia parou, enganou-se: No porão, a adolescente ficou sem comida, bebida e vestimentas. Quando chegava a hora do banho, Gertrude a banhava com água fervente e Paula passava sal grosso nas feridas.

Jenny ficou amedrontada diante das torturas que sua irmã sofria e tentou pedir ajuda para sua irmã mais velha Diana que não acreditou no que Jenny dizia alegando estar inventando desculpas para sair da casa de Gertrude.

Vendo que o sofrimento de sua irmã não tinha fim, no dia 26 de outubro de 1965, Sylvia foi encontrada morta no porão. Desesperados, os torturadores tentaram reanimar a garota, mas sem sucesso.

Foi a partir desse momento que sua irmã falou para os policiais tudo o que aconteceu com sua irmã e deu os nomes de todos que torturaram Sylvia.

Após o depoimento de Jenny, todos os torturadores de Sylvia tiveram a prisão decretada. 

Segundo a autopsia do corpo de Sylvia, ficou comprovado que a garota era virgem, tinha escoriações pelo corpo, comprovando as torturas e a causa da morte foi edema cerebral e choque por danos na pele.

Todos os agressores de Sylvia permaneceram presos sem direito a fiança até o julgamento. Paula Baniszewski foi liberada para ter o bebê no hospital e retornou a prisão após obter alta do hospital.

No julgamento estavam presentes os acusados, familiares de Sylvia e testemunhas que presenciaram as torturas de Sylvia.

As testemunhas por unanimidade confirmaram que viram Sylvia ser torturada toda vez que iam na casa de Gertrude.

Marie Baniszewski que na época tinha 11 anos de idade, contou tudo o que a mãe dela e seus irmãos fizeram com Sylvia Likens. 

Gertrude foi condenada a prisão perpétua por homicídio doloso e os seus filhos por homicídio culposo e tortura. Os demais jovens foram absolvidos.

Os advogados de Gertrude recorreu à sentença e ela ganhou 20 anos de prisão em 1971. Em 1985, ganhou liberdade, contrariando familiares de Sylvia Likens e a população da cidade recolheu mais de 4000 assinaturas para que Gertrude permanecesse presa porém a manifestação contra a liberdade da criminosa foi em vão.

Em 1990 Gertrude morreu de câncer e o torturador de Sylvia Coy Hubbard também morreu de câncer aos 21 anos.

Esse foi o relato do caso denominado nos jornais como Caso Sylvia Likens.

Esse caso virou filme em 2007 chamado: A American Crime.
 
 

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