terça-feira, 18 de agosto de 2015

CRIME DA MALA




Noite sem Lua traz nesse post relato de um crime que chocou São Paulo e o mundo: CRIME DA MALA.

Os atuais crimes envolvendo pessoas mortas e colocadas dentro da mala nem imagina o que aconteceu na década anos 20 no século XX.

Tudo começa quando Giuseppe Pistone conhece Maria Mercedes Fea numa viagem de navio para Argentina em 1926, onde parentes da moça moravam.

Contra a vontade da família eles se casaram em fevereiro de 1928 em Buenos Aires. Quatro meses depois, Maria estava grávida de um mês e decidiram morar no Brasil. 

Giuseppe procura seu parente distante Francisco Pistone que tinha um comércio de vinhos e propõe negócios prometendo investimento mentindo que tinha herança de seu pai na quantia de 15 mil liras. Sem desconfiar da proposta, seu primo arranja um emprego na loja para Giuseppe, que na verdade ele queria dar um golpe em Francisco no momento oportuno.

Ao ficar sabendo do verdadeiro plano de Giuseppe Pistone, Maria Fea escreve uma carta para sua sogra contando tudo que descobriu sobre Giuseppe. Mal sabia Maria Fea que essa carta era sua sentença de morte.

Quando Giuseppe descobre a carta que seria enviada para sua mãe escrita por Maria Fea, Pistone mata sua esposa que estava grávida de seis meses.

 Desesperado ao ver o corpo de Maria Fea morta, resolveu agir para esconder o corpo dela. Ele comprou uma mala do tamanho em que pudesse colocar o corpo de Maria Fea. Não era uma mala qualquer, era uma mala grande de viagem com cadeado e corda externa.

Ao chegar em casa com a mala, Giuseppe colocou todas as roupas da esposa e em seguida o corpo mas infelizmente não coube na mala. Ele quebrou o pescoço dela e cortou os joelhos para que o corpo pudesse caber na mala. Detalhe o peso da mala era de 78 kg.







Giuseppe endereçou a mala para Bordoux cujo destinatário de nome fictício. Mas mal sabia Pistone que algo inusitado iria acontecer.

Durante o carregamento das bagagens ao navio de passageiros a rede se rompe e todas as malas caem sendo que uma delas escorre sangue causando mau cheiro no local. A tripulação fica assustada e não pensam duas vezes em comunicar o capitão do navio do ocorrido. O capitão ao perceber o mau cheiro vindo da bagagem, aciona a polícia e esta autoriza a tripulação do navio para abrir.

Ao abrir a mala, eles viram algo assustador além das roupas femininas: um corpo de mulher em estado avançado de decomposição. Ao examinar o corpo da mulher, o legista comunica à polícia que a mulher morreu de esganadura e estava no sexto mês de gestação de uma menina.

Não demorou muito para que o crime da mala fosse parar nos jornais da época e chocar o Brasil e o mundo. Durante as investigações a polícia descobriu que a mala veio de São Paulo de trem, o nome do destinatário era falso e quem despachou a mala se chamava Giuseppe Pistone durante o interrogatório de romenos que embarcaram a mala.

Quando os policiais fizeram o trajeto da mala de São Paulo para Santos, os funcionários do trem descreveram o homem que despachou a mala. E as descrições batiam com o que os romenos descreveram.

Não demorou muito para Giuseppe Pistone fosse encontrado. No momento do interrogatório ele deu versão contraditória: disse que a sua esposa o traía e que matou ao descobrir que ela estava grávida e que o filho não era dele. Quando a polícia descobriu que o depoimento era falso, ele acabou confessando o verdadeiro motivo.

Foi julgado e condenado 20 anos de prisão. E ao sair, ele trabalhou como zelador e se casou novamente e no leito de sua morte, confessou para sua esposa que ele matou Maria Fea e disse o motivo verdadeiro, dentro do travesseiro estava as fotos de Maria Fea.

Esse foi o relato do crime da mala.

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