sexta-feira, 21 de agosto de 2015

SEQUESTRO DO MENINO CARLINHOS: CRIME SEM SOLUÇÃO



Noite sem Lua vai relatar nesse post um caso que mobilizou a sociedade carioca: Sequestro do menino Carlinhos.

Na noite do dia 2 de agosto de 1973, Maria da Conceição Ramirez assistia televisão junto com cinco dos sete filhos quando ocorreu queda de luz, deixando a sala um breu.

Um homem invade a casa e pega o menino Carlinhos de 10 anos de idade do local. Antes de sair, ele deixa um bilhete na sala e sai com o garoto pela porta a frente.

No momento em que o sequestrador entrou na casa e pegou Carlinhos, seu pai havia saído de casa com as crianças menores e ao retornar, avistou alguém levando Carlinhos e um de seus filhos alertou o pai do ocorrido e que a casa estava sem luz.

Começa a partir desse fato um mistério não revelado: quem sequestrou o menino Carlinhos?

No bilhete estava escrito que somente entregaria o garoto, se pagasse uma quantia de cem mil cruzeiros até o dia 4 de agosto. E se alguém reagisse, os pais do garoto nunca mais iriam ter o Carlinhos de volta. Ainda no bilhete estava escrito o local do resgate.

No dia 4 de agosto de 1973, o pai do garoto João Melo Costa dirigiu-se ao local combinado e após esperar, não apareceu ninguém pois a polícia e a imprensa estava filmando o local.

A investigação do caso do sequestro tomou rumos diferentes. A filha mais velha na noite do sequestro recebeu o bilhete do resgate das mãos do sequestrador e ela descreveu como ele era.

A polícia percebeu que na casa da família de Carlinhos tinha 3 cães e eles não latiram naquele momento pois praticamente conheciam o criminoso.

A mãe demonstrou frieza no depoimento policial levando a polícia a colocá-la no roll dos suspeitos do sequestro.

A policia também percebeu que o sequestro não tinha motivação financeira que explica o não comparecimento ao local do resgate.

Também ficou claro que João Melo Costa, pai de Carlinhos tinha um caso extraconjugal com a secretária da indústria farmacêutica da família.

O conteúdo do bilhete do sequestrador havia erros de grafia que fez com que a investigação concluísse que tais erros foram propositais para confundir os policiais para encontrar o verdadeiro culpado e o papel era idêntico ao bloco que a indústria possuía.

O pai do Carlinhos também foi incluído como suspeito do sequestro pois estava passando por dificuldade financeira. Ele foi preso mas dois dias depois foi solto graças a um habeas corpus, e os pais do Carlinhos se separaram.

Uma pergunta sem resposta: Se foram arrecadados trezentos mil cruzeiros para o pagamento do resgate, onde foi parar o dinheiro? Quem ficou com o dinheiro? Se não foi alguém de fora quem invadiu a casa, como sabia onde estava a caixa de luz e conseguiu retirar o garoto no breu de dentro de casa? Como ele sabia onde era o banheiro e a sala onde todos estavam? Como sabia que o pai do garoto não estava em casa naquela noite? Para onde o pai do garoto foi com crianças menores no dia do sequestro dele? Como o sequestrador sabia que a casa não tinha telefone?

Até hoje essas perguntas não tiveram resposta e muito menos resposta principal: menino Carlinhos está vivo ou está morto? Quem matou Carlinhos ou onde ele está?

Esse foi o relato de um crime sem solução que abalou a sociedade carioca e chocou o país.

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